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Louças e auto-expressão em regiões centrais, adjacentes e periféricas do Brasil


In: Arqueologia da Sociedade Moderna na América do Sul: Cultura Material, Discursos e Práticas, ed. by Andrés Zarankin e Maria Ximena Senatore. Buenos Aires, ediciones del Tridente, 2002. pp.31-62

A existência de um modo de vida burguês no Brasil oitocentista, anterior à constituição de uma classe tipicamente burguesa, a qual somente viria a formar-se a partir da proclamação da República (Saes, 1985), é um tema que tem sido objeto de discussão desde a década de 1970 (Fernandes, 1975, Queiroz, 1978). Dado o papel determinante da cultura material na estruturação e reprodução das relações sociais, os arqueólogos históricos encontram-se em uma posição privilegiada para investigar as formas como esse modo de vida instalou-se e disseminou-se no Brasil do século XIX, como vem demonstrando Lima (et alii,1989; 1994; 1996a; 1996b; 1997; 1999) a partir de sucessivas pesquisas no estado do Rio de Janeiro.

Considerando, contudo, que a adoção de um modo de vida por um determinado grupo somente ocorrerá em decorrência de uma conjunção de fatores de ordem econômica, social e política, e que deverá ser sustentado por um discurso ideológico que tenha propósitos bem definidos, cabe questionar qual foi o alcance desse discurso, e de que forma esse modo de vida foi assimilado, rejeitado ou ignorado por diferentes grupos em diferentes regiões do Brasil. Com base nessas questões foi realizado um estudo comparativo de amostras de louças provenientes de sítios históricos da segunda metade do século XIX de diversas regiões do Brasil. Essas amostras são provenientes de contextos urbanos, semi-rurais e rurais, os quais foram ocupados por grupos sociais extremamente diferenciados, tais como: fazendeiros, camponeses, comerciantes urbanos e escravos.

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